quarta-feira, janeiro 22, 2020


PROFESSORES, OUTRA VEZ

Como homenagem a Óscar Montenegro  professor de francês da Escola Industrial Machado de Castro, à professora Dági da Escola Dr. João das Regras da Lurinhã.

De vez em quando regresso aos meus tempos de Escola, quer quando fui aluno, quer quando fui professor.

As escolas movem-se por interesses económicos (o dos estados a que pertencem) e por interesses corporativos (os dos professores e dos funcionários em geral).

Mas são ao mesmo tempo um dos últimos redutos de Liberdade que as pessoas enquanto crianças e jovens poderão experimentar.

As leis que institucionalizem as escolas e o seu funcionamento são fruto de reivindicações espúrias combinadas com mudanças de governos, constituindo resposta para quem votou em quem ganhou.

Sou do tempo em que os professores de Língua Estrangeira, poderiam também leccionar Português. A não ser que pedissem expressamente para não receberem turmas de Português. Aliás isto não deixa de ser de bom-senso pois que um professor português que tirou a sua licenciatura em língua estrangeira, só o poderá fazer com qualidade se tiver um domínio inegável da língua materna.

A certa altura reduziram o número de horas de língua estrangeira nos currículos e para não mandarem professores para o desemprego, foi criada a regra (?) de que professores de Inglês, Francês, Alemão e Espanhol não poderiam leccionar português.

Quem tornou a aprendizagem da Matemática, do Português ou do Inglês florestas impenetráveis foram os próprios professores.

Diga o que disser o Rei dos Sindicatos ou o senhor que diz representar os Agrupamentos Escolares. No tempo em que professores ganhavam um subsidio minorca para gerirem as suas escolas, o seu principal desígnio era fazerem felizes os seus alunos. Agora é a defesa dos seus ordenados chorudos e para isso necessitam de professores que pensam estar a ser defendidos. E no entanto nunca vi tanto professor desmotivado.

 

 

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