sexta-feira, janeiro 31, 2020


A DESTRUIÇÃO DO MURO

Quando eu era um jovem ignorante a viver numa cidade sitiada (Peniche) via a Europa como um El Dorado.

Depois fui para a capital (dita do Império) e mais se arreigou em mim que passa fronteira em direcção a Espanha e o que mais à frente existisse seria algo completamente irreal e fantasista da minha parte.

A europa existia e estava lá mas era como se pertencesse a outra galáxia.

Neste tempo visitei a África colonizada (Guiné, S. Tomé e Principe e Angola). E quando em 1971 fui em viagem a Paris, achei que era tanto o deslumbramento que eu não merecia. Surgiu entretanto o 25 de Abril e com a ousadia de Mário Soares aderimos à União Europeia e eu acreditei finalmente que já não haveria retorno. Santa ingenuidade.
A europa entrou em desagregação com o desaparecimento de grandes estadistas irrepetíveis.

Até que hoje a Inglaterra, um dos países fundadores deste ideal decide abandonar a Europa para se dedicar a uma ideia despenteada e ridícula de um 1º Ministro de pacotilha.

Desaparece a minha Europa. Ou pelo menos trata-se do prenúncio disto. O Zé Maria sonhador dos anos 60 do século passado entrou em coma induzido. Oxalá que a medicina o salve já que a politica parece estar em colapso como eu 

1 comentário:

Unknown disse...
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