quinta-feira, agosto 13, 2020


AO LER PEDRO MEXIA

Estou muito mais dado à leitura que à escrita. O meu blog sofre com isso. Recordo que em 2006 quando o iniciei, pensei muito em que só o iniciaria se fosse capaz de assumir um compromisso comigo próprio no sentido de manter uma certa regularidade de escrita. 14 anos depois e com uma pandemia pelo meio as promessas tornaram-se sem sentido.

Um dia destes ao ler, salvo erro no expresso, um artigo de Pedro Mexia, recordei os  meus tempos de aluno da Escola Industrial e das discussões acesas que mantínhamos todos uns com os outros. Quem era o Mestre que apanhava mais sardinha… Outra disputa que vinha à coacção era a das potencialidades da Nª. Srª. de Fátima em oposição à Nª. Srª. da Nazaré. E o Peniche versus caldas ou Torres.

Isto vão lá 60 anos e normalmente os locais de debate eram os vestiários das Oficinas de Serralharia enquanto nos lavávamos ou nos preparávamos para as aulas.

E algumas destas discussões eram levadas muito a sério.

Tantos anos passados, leio e quedo-me a pensar no que li. Será possível que tenhamos evoluído tanto para de forma mais ou menos simples voltarmos às mesmas questões, ou a outras muito semelhantes?

O que a partir de agora irão ler são palavras de Pedro Mexia, virão noutros caracteres e em itálico paranão nos prestarmos a confusões:

“A fé não é argumentável… a religião é muito argumentável. Tem que ver com comportamentos humanos, com práticas, com decisões. Pode  falar-se de religião como de politica. A fé baseia-se em imponderáveis…  

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