
Se é verdade que quanto às obras particulares não será fácil implementar o hábito de em painel apropriado expôr o que se pretende fazer (ou já foi aprovado), já no que respeita às obras municipais é verdadeiramente insólito que os municípes só sejam confrontados com a execução final de projectos, sem que na grande maioria das vezes tenha havido uma discussão pública do que se pretende realizar.
Aos cidadãos dos concelhos é pedido que votem (desde que o façam na força política no exercício do poder autárquico) e que calem discussões e opiniões. E não se diga que neste momento a CDU está isenta de culpas, por só estar a desenvolver projectos já aprovados no executivo anterior. O mínimo que lhes é pedido é que, já que não tiveram responsabilidades (?) no que está em execução, pelo menos demonstram algum respeito por todos nós, informando-nos de forma clara sobre o que vai aparecer concluída a obra.
Um bom exemplo do que pode e deve ser feito, é o que podemos ver nos painéis que protejem as obras de execução da Biblioteca Municipal.
Já o que está em execução na Avenida Monsenhor Bastos é uma incógnita.
Outra incógtnita é o que vai acontecendo há meses no Campo da Torre. Quando no inicío do ano
o Presidente da Câmara convocou os municípes para lhes dar conta do que ía acontecer com a envolvente da Igreja de S. Pedro, fiquei com a esperança de que uma outra prática política estava a iniciar-se na Câmara Municipal. Passados todos estes meses (nesta matéria) parece que os velhos vicíos de não passar "pêva" a ninguém estão a regressar.
Que custava pedir a alguém que fizesse um cróqui do que vai ser aquele espaço? Que custava pôr em discussão pública JÁ, a sua utilização futura. Sim ou não à Festa da Boa Viagem... Sim ou não à feira mensal... O que vai ser naquele espaço o estacionamento...
Este espaço em que escrevo e me debato com as minhas dúvidas, pode ser um sinal de alerta. Cá por mim gostava que a CDU fizesse boa figura, pois com isso o concelho de Peniche só teria a ganhar. Se os que os antecederam não souberam aproveitar as suas oportunidades que ao menos estes não falhassem.