domingo, novembro 19, 2006




A Oeste Nada de Novo
foto H. Blayer
A 11 de Maio pp, José Pacheco Pereira publicou no seu artigo de opinião do Jornal "Público" com o título "Memória, história e recusa" uma proposta para a criação na Fortaleza de Peniche de um espaço pedagógico sobre o período do Estado Novo. Esse Centro de memórias que poderia derivar para o estudo da nossa contemporaneidade do século XX, teria o mérito de possibilitar um repensar do nosso sentido colectivo de ser e ter sido País.
Passados dois dias (13 de Maio), o Professor Universitário António Costa Pinto na sua coluna de opinião do Jornal "Diário de Notícias" com o título "Um forte em Peniche", retomava este assunto dizendo: "talvez valesse a pena debater a proposta de José Pacheco Pereira, Feita no Público de anteontem, de criar finalmente um núcleo museológico que fixe para a posteridade a memória de alguns aspectos mais sinistrosdo nosso longo passado autoritário".
O que despertou o interesse de meios políticos e intelectuais a nível nacional não colheu em Peniche qualquer sinal de motivação ou de critica. Condenados a sermos o "ladrão" dos enchimentos culturais que vão sobejando dos outros lados, não somos capazes de reflectir sobre o que nos aconteceu "portas dentro".
Não foi por acaso que fomos escolhidos para albergar o que de mais ignomioso existia no anterior regime. Sempre "comemos e calámos".
Até que um dia haja um estoiro que rebente com o oiro desta merda toda.

Sem comentários: