"Conversar em Peniche" não é necessariamente conversar sobre Peniche. Também mas não só. Algumas vezes assumirá um papel de raiva. Ou de guerra. Será provocador qb. Comprometido. Não será isento nem de erros nem de verdades (os meus, e as minhas). O resto se verá...
sábado, novembro 18, 2006
O Diabo parece estar atrás da porta
A publicação do meu primeiro "conversejar" pareceu estar embruxado. Logo a seguir o PC "empancou", e hoje finalmente ao fim da tarde pude retomar o bicho em toda a sua plenitude.
Retomo pois aqui o meu exercício de escrita ao sabor dos acontecimentos que me marcaram mais estes últimos dias:
1. Quem muito assobia...
Na passada sexta-feira a ministra da Educação deslocou-se a Vila Real. À porta do local onde se dirigiu encontravam-se em manifestações comuns professores e alunos daquele concelho. Ouviam-se na TV os apupos e assobios dirigidos à ministra. Os professores provavelmente não assobiavam. Mas assistiam ao coro de assobios dos alunos com olhos e arregalados de satisfação e gestos de feliz contentamento.
Os alunos protestavam contra as aulas de substituição que os professores não querem dar. Tudo no melhor dos mundos. Aquilo sobre o que me interrogo é o que poderão os professores fazer quando os alunos na sala de aula os apuparem a eles. Estas coisas têm sempre um reverso. E se os professores não souberem ensinar os seus alunos como de forma civilizada se protesta numa Democracia civilizada contra uma Lei que se considera errada, abre-se uma caixa de "pandora" da qual sairá um mar de chamas que a todos no mínimo chamuscará... Digo eu.
2. Coisas da minha terra
Parece que um pedido de autorização para a instalação dos supermercados Modelo em Peniche, tem gerado uma onda de contestação política com origem no ex-presidente da câmara municipal de Peniche. Ao que parece também sem razão nenhuma. A pior coisa que pode acontecer é uma pessoa ter dificuldade em perder. Lá que custa, custa... Mas são coisas da Democracia. A gente umas vezes estamos na mó de cima e andamos todos inchados e outras vezes, esquecidos que estamos que temos pés de barro, vimos por aí abaixo e se somos gordinhos começamos a rolar, a rolar e só paremos no fundo do poço. Há que perceber que o tempo corre e que a mesma água não torna a correr por baixo da mesma ponte.
Era bom que aquilo que sempre foi exigido por quem no passado detinha o poder, se dê agora também aos outros: tempo para agir.
Eu compreendo que são sapos duros de engulir ver o Jorge Amador e o Tózé Correia sentados nas cadeiras que outrora nos pertenciam... Mas são coisas da Democracia e deste povo. Só há que aguardar com calma para daqui a 8 anos ter alguma esperança de novo.
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