JARDIM/BASÍLICA DA ESTRELA
40 e muitos anos depois regressei no sábado passado à zona que tantas marcas profundas produziu em mim ao longo do tempo. Passei por aqueles sítios milhares de vezes. Ou a caminho de casa, ou para a R. Buenos Aires até ao velhinho IIL.
Ou para atravessar o jardim em direcção ao “vergas” para mais uma tarde de cinema.
Alguns anos depois marcou-me uma ida ao Hospital Militar para visitar o Zé Mota que tinha sido ferido em combate, salvo erro na Guiné.
E muitos anos depois foi ali que fui acompanhar com a minha mulher, a minha filha e o Tózé Ferreira, os últimos momentos do meu irmão. Tempo de estudante, tempo de adulto, tempo de dor. E no sábado passado foi ali que aconteceu a Bênção das Fitas da minha menina. Tempo de Alegria.
Falar pois do Jardim e/ou da Basílica da Estrela é ver correr à minha frente toda uma vida. A minha. Aproveitei para visitar a estátua do Pedro Álvares Cabral: “A terra em tal maneira é produtiva que querendo-a aproveitar, dar-se-à nela tudo”. Assim reza uma das frases escritas à volta da estátua. Que salvo erro foi escrita por Pêro Vaz de Caminha. Tantas vezes lá passei que acabei por fixar o fundamental de uma das frases que lá aparecem inscritas.
Fui ver a já inexistente Escola Machado de Castro de boa memória. Ali passei 2 dos melhores anos da minha vida. As obras tomaram conta dela e agora vai dar lugar a um novo estabelecimento de ensino de grau superior.
Fui ao “Meu Café”. E vi lá a estudar o Jorge Machado, o Parina, o Colaço, o Zé Manel puto.
E agora a minha filha uma estudante brilhante, bonita e reluzente no traje académico, a encher-me de orgulho e espanto. Existem razões que merecem a pena na altura de sermos felizes.
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