terça-feira, julho 10, 2012

MANIFESTAÇÕES, INAUGURAÇÕES E VERNISSAGES

Há muito que deixei de frequentar. Quando a minha mulher e a minha filha foram candidatas a cargos públicos (políticos) acedi a comparecer em solidariedade com elas, tal como em tempos idos elas me manifestaram a sua solidariedade para comigo. Mas hoje já nem isso me move.
Sinto um amor enorme pela pessoa que é a minha mulher e pela pessoa que é a minha filha. Mas isso não me empurra para ir mais além do que aquilo que sou capaz no limite de fazer.
Não acredito que manifestações possam alterar o que quer que seja quando quem toma decisões deixou de ser o poder político e passou a ser o poder económico. O Relvas é uma anedota. O Passos uma marionete. O Gaspar é um boneco de trapos.
A criação do Hospital em Peniche foi um acto político. A sua desactivação é um acto económico. Ponto final parágrafo.
Se esse não fosse o sentido das coisas seria um anacronismo ver parte dos responsáveis concelhios do partido do governo a negarem a evidência e outra parte o grupo a que pertencem a dar o seu aval à reformulação do funcionamento do SNS na região Oeste.
A solução não existe. A não ser vivermos da forma que há muito nos deveriam ter ensinado. Dar só passos de acordo com o tamanho das nossas pernas. Agora vai o Hospital tal como o conhecemos. A autonomia das escolas já desapareceu. Esperem mais um pouco. Suspeito que a reformulação do Ensino Superior irá conduzir-nos a mais uma realidade que nos parecerá dolorosa, mas não passará da leve impressão como a que se sente quando se arranca um dente. Refiro-me ao futuro encerramento da ESTM tal como hoje a conhecemos. Este tipo de escolas a multiplicarem-se pelo país, formando licenciados que irão ser futuros desempregados fazem subir o défice para valores incomportáveis, com desempregados qualificados que saem caríssimos ao erário público.

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