quarta-feira, julho 18, 2012

UM POEMA
Há muitos anos atrás, eu escrevia poemas. A sua grande maioria nunca foi publicada. Alguns desapareceram completamente no caixote do lixo do tempo. Outros vou encontrando dispersos. Hoje encontrei mais um de que gostei. Pelas suas características muito próprias. Publicá-lo agora é o reconhecimento disso mesmo.

Reportando-me
ao solicitado na sua comunicação anterior
sou
a informá-lo
                               que estou vivo
e presente e pronto a negociar.

De acordo
com o desejo expresso por V. Exª
e sobre o que me interroga
face ao progresso económico
que a sua empresa irá representar,
                             parece-me que
basta libertar a palavra.

Em referência ainda ao s/ ofício-circular
número um barra mil novecentos e oitenta e um,
algures,
posso dizer-lhe que
tudo o que se passa entre mim e V. Exª
passa por si.

E hoje, exactamente vinte e um, temporalmente em Maio
penso que você estar aqui ou não
representa um facto, um facto, um facto
desculpe a repetição, trata-se de um erro meramente dactilográfico
e nunca uma tentativa de sublinhar qualquer vontade.
                                 até porque
a vontade repetida não é mais do que isso,
uma vontade repetida e, por isso sem valor.

                                          Do v/ venerador
                                   Reconhecido e obrogado,


                                Falta a assinatura mas v/ sabe

Sem comentários: