quarta-feira, dezembro 06, 2017


AI CAMARADAS, ASSIM NÃO VAMOS LÁ

Uma das coisas admiráveis em Engeles, Marx e mesmo em Lenine, foi a capacidade que manifestaram em analisar a realidade, perceber a sua evolução e conseguir descriptar em antecipação o futuro. Podemos não concordar com os resultados dessa análise. Abominar as suas interpretações. Odiar as suas teses e conclusões. Considerar mesmo determinantes para fomentar o ódio os meios que consideraram a serem utilizados para derrubar a escravidão do homem pelo homem. Capital e trabalho tornaram-se antagonistas totais e em nome dessa incompatibilidade criaram-se outras formas de escravidão, tão odientas como as que pretenderam substituir.

Mas não podemos negar que interpretaram o presente de forma sagaz.

Que dizer quando o capital se torna o meio de criar emprego e gerador de mais-valias para os trabalhadores? Que dizer quando são estes que recusam liminarmente as teses da sua defesa e criam um espirito de corpo com a entidade empregadora onde não cabe o ódio entre uns e outros?

Que dizer quando o lucro é convertido em benefícios para quem trabalha e para todos aqueles que precisam de apoio?

Votar contra um voto de pesar pela morte de um dos homens que mais ajudou a desenvolver Portugal pode ser coerente para quem fomenta o ódio pode ser próprio de quem vive no passado, mas é limitativo para quem tem o dever de interpretar o futuro.

Porque não fazer uma proposta na Assembleia da República para encerrar a Fundação Champalimaud que ao que sei também cuida dos PCPs portugueses. Afinal foi construída e executa a sua função com lucros obtidos graças à força do trabalho. Porque não propor a extinção da Fundação Francisco Manuel dos Santos?

A ocupação das terras dos latifundiários no Alentejo e quejandos que riqueza veio a gerar para a melhoria material e social dos trabalhadores e das gentes Alentejanas? Ou do país em geral.

Camaradas do PCP ganhem juízo. Vocês podem ser úteis se o ódio não for o vosso alimento. Meninos do Bloco de Esquerda não copiem os vossos irmãos mais velhos. Uns e outros tornem-se parte da solução e não fonte do problema. Os empresários podem não prestar e alguns não prestam mesmo. Mas não os copiem e não se tornem iguais a eles.  

1 comentário:

Unknown disse...

Lino Sebastião

Há uns tempos já que venho visitando o teu blog. A intenção agora não é propriamente a de comentar o post mas a de contatar contigo. Há um assunto antigo e comum que talvez te interesse. Se poderes liga-me para o telemóvel 936132605.

Um abraço
Lino