UM MAR DE
NATAL
No dia 1 de
Dezembro fez-se Luz em Peniche. O Natal ressurgiu em todo o seu esplendor.
Coisas simples multiplicadas deram ao centro histórico de Peniche um ar de dias
grandes que a generalidade da população presente agradeceu com sorrisos e
alegria.
O Jardim
público tornou-se de novo um lugar de crianças e velhos que apesar do frio não
deixaram de sublinhar com corridas e risos infantis e um brilho nos olhos dos
mais velhos. O parque infantil e o corredor que lha dá acesso eram a vitória dos
nossos sorrisos contra a amargura que a pouco e pouco nos últimos anos se foi
instalando na nossa terra.
Vi
protecções de madeira à moda dos tempos antigos e bonecos de trapos de cores
vibrantes tornando aquele lugar num mar de Festa. Vi barraquinhas de madeira
com diversos atendimentos tornando mais comum o nosso dia-a-dia. Vi uma pista
de gelo em miniatura para a brincadeira das nossas crianças com a dimensão
adequada às possibilidades de uma Peniche simples e empobrecida. Vi uma grande
árvore de Natal de luzes e uma miríade de pequenas árvores emprestando o efeito
de uma multiplicação de cor pelos nossos olhos. Vi uma grande árvore do jardim
com correntes de luzinhas tornando mais doce o olhar de todos nós. Vi o Coral
Stella Maris emprestando voz àquele momento de alegria e sonho. Ouvi as vozes
que cresceram e se multiplicaram concedendo-nos a Paz e a merecida alegria que
nos vinha faltando nesta época de Natal.
Não vi
televisões e discursos. Não vi nem bolos nem árvores, nem outros exemplos de
exageros materiais tentando entrar no Guiness. Vi aquilo que nos é possível.
Entregue com carinho e cordialmente à população como devem ser as coisas de
Natal para quem pretende a Paz e Concórdia. Não vi vaidades vãs. Vi coisas à
nossa medida. Não vi mais do que aquilo que somos. Gente simples e cordata
estendendo os braços de Amor por todos aqueles que navegam neste imenso Mar de
Natal.
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