CHUMBAR/REPROVAR/FICAR RETIDOA senhora Ministra da Educação concedeu uma entrevista ao Expresso em que respondeu a uma série de questões sobre a avaliação dos alunos. Em boa hora o fez. Muito ocupados com o seu umbigo, os professores que tudo tentam para impedir que as suas avaliações possam ser negativas para o seu percurso escolar, parecem leoas a defender as crias quando se põe em causa a sua capacidade de reter alunos num mesmo ano de escolaridade.
E penso que a senhora Ministra o que disse (eu li a entrevista) Foi que é preciso questionar se a melhor forma de recuperar alunos no sistema educativo é a retenção ou se com meios diversificados não existirá uma melhor metodologia para conseguir que os jovens tenham uma orientação que lhes permita (com necessárias adaptações), superar dificuldades encontradas no seu percurso escolar.
Isto é uma forma séria de colocar as questões. Vamos discutir. Vamos estudar. Vamos ver o que é mais eficaz. E só então vamos aplicar as soluções encontradas sejam elas as que forem.
Nos últimos 10/15 anos, sobretudo quando a formação de professores se passou a fazer de forma integrada pelas Escolas Superiores de Educação, as escolas deixaram de questionar a avaliação dos alunos como se fosse assunto tabu. É assim e pronto.
É claro que aos média cheirou a notícia susceptível de vender jornais. E vai de transformar uma proposta de trabalho que como tal foi apresentada, como se fosse já um decreto governamental pronto a sair em DR. Os políticos de meia-tijela que percebem tanto de educação como eu de grego, sem sequer se preocuparem com o que estava em causa, vieram lançar loas para o éter como se alguém se preocupasse com o que esses desacreditados dizem. E as confederações de Pais sequiosas de protagonismo também rejeitaram liminarmente uma discussão crítica sobre o que se faz e o que eventualmente poderia melhorar o nosso sistema educativo.
Finalmente aparece alguém que coloca em discussão metas aleatórias e procedimentos de avaliação. Aproveitar esta janela de oportunidade é bom para todos. Em alternativa limitemo-nos a carpir mágoas e a dizer que estamos na cauda da Europa.
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