segunda-feira, fevereiro 17, 2014

JOSÉ SÓCRATES

Nunca votei neste senhor. Ele apareceu-me à frente numa altura em que eu comecei a manifestar um grande cepticismo pela política em geral e pelos políticos em particular. Sobretudo se faziam promessas eleitorais. Tinha tido a minha vacina nas autárquicas de Peniche. Posto isto vamos falar do que interessa…

- Na actualidade é espantoso que o português que mais ódios suscita seja o anterior primeiro-ministro. 138 000 pessoas assinaram uma petição para o impedir de ter acesso a um programa na RTP.

- Em 2007 Salazar foi eleito “O Maior Português de Sempre” por amostragem da RTP num concurso realizado com o recurso a chamadas telefónicas e net. Neste mesmo concurso ficou Álvaro Cunhal em segundo lugar.

- Depois de tudo o que temos vivido nos últimos 2 anos e meio, a actual coligação PSD/PP alimenta a esperança (com alguma fundada confiança) de que irão vencer as próximas eleições europeias.

 Ditos assim estes três postulados parecem saídos de alguma ficção surrealista construída por Marvel e passada no ano de 4035 num planeta habitado por doentes mentais em tratamento.
Será que eles definem o que é o povo português no seu melhor? Somos assim? Ou será que a explicação de tudo isto será nos erros que foram cometidos na forma como extrapolamos de uns quantos para o todo? Quero crer que os portugueses saberão auto regenerar-se. Quero acreditar que somos melhores que aquilo que demonstramos ser. Quero crer que passado o estado de torpor em que vivemos, saberemos soltar o grito do Ipiranga que existe em cada um de nós e então libertos desta apatia, conseguiremos separar as águas e dar o justo valor às coisas, independentemente das operações preparadas por políticos devassos e jornalistas corruptos para nos fazerem crer que o nosso destino é sermos servos da gleba.
Apesar da loucura que se apossou dos deuses, quero crer que o sonho e a esperança não morreram de todo para a grande maioria dos portugueses.

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