Ultimamente estou preguiçoso. Eu sei que estou velhote. Mas anima-me uma grande vontade de perceber o que vai acontecendo à minha volta. Depois passar à escrita o que vou vendo e ouvindo é que se torna mais complicado.
Não que não sejam interessantes algumas das coisas. Não que não mereçam ser contadas. Mas estou indolente. Será da idade? Ou é este ser reformado e todos os dias roubado que me amarfanha?
Eu
sei que a derrota de Portugal face aos “boches” me deixou atarantado. Mas já
estou tão habituado a ser “lixado” por essa gente que não havia de me
surpreender.
Eu
sei que o Governo de Portugal atingiu os limites do impudor e se tornaram
obsceno na sua raiva insana contra o poder judicial. Mas desses atrasados
mentais não espero outra coisa.
Eu
sei que Peniche vive em letargia. Mas já há muitos anos que me habituei a não
me deixar vencer por este dolente torpor.
Eu
sei que cada vez mais, menos gosto de andar na rua, frequentar cafés e
tertúlias xaroposas.
Por
tudo isto escrevo pouco. Ou talvez só porque não me apetece. E quando não me
apetece não sei, nem consigo escrever.
Melhores
dias virão.
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