Que se vive numa das localidades mais abstencionistas do País. A terra mais pequena do Distrito dá um “grande exemplo” de confiança no futuro, seja ele qual for e venha quem vier.
Uma terra
com um índice de habitação social acima da média nacional, está aguardando que
deus ou o diabo intervenham a seu favor sem ter que se incomodar muito. Uma
terra em que a indústria da pesca já foi e em que a agricultura é um suplemento
alimentar, importa pouco se o país guina à esquerda ou à direita, desde que não
nos atropele no nosso bem-estar de “domingo de votos”.
Peniche é a
terra da má-língua de pastelaria e provavelmente onde no distrito mais visitas
se fazem no facebook. Aí está um elemento interessante para se podere analisar
a personalidade dos residentes em Peniche (boa sorte para os estudantes de
psicologia).
Peniche
convive com os seus fantasmas que cada vez mais se impõem e com a sua negação
de evidências perturbadoras. Já esquecemos o anátema da Fortaleza e as razões
de queixa que soltamos a granel sempre que qualquer grão de areia perturba a
nossa PAZ podre. Somos uma localidade à beira do nada e a caminho de coisa nenhuma.
Que diabo!
Preferia mil vezes que aqui votassem 90% dos inscritos nos cadernos a favor dos
partidos de Direita que ver esta apatia em que a terra que amo se tornou.Não foi isto que me encantou em Peniche por toda uma vida. É com isto que tenho de viver e me aborrecer.
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