PENICHE NO SEU MELHOR
O meu
padrinho ontem de manhã levou-me a passear. Fomos de manhã à Praia de
Supertubos para ter uma visão (ainda que breve) da etapa do Mundial de Surf.
É
verdadeiramente espantoso e indiscritível o número de pessoas que ali se
juntaram para ver um dos desportos mais libertadores da mente. Vogar ao sabor
das ondas.
Aquele
enchente de pessoas que fariam um recorde de espectadores num estádio, aquele
bruááá extraordinário são um bálsamo para quem gostando de Peniche e de a ver
preferida pelas pessoas observa tanta participação nacional e internacional.
Depois de
sentir o ego satisfeito fui com o meu padrinho até ao Baleal. E se nos
Supertubos tinha ficado feliz, é impossível descrever o meu estado de alma ao
ver que eram ali centenas e centenas de carros. Milhares de pessoas que usufruíam
de do Baleal de forma plena. Passeando, surfando, entendendo-se na praia,
brincando. Num local em que já não existe competição o que se via era o
usufruto de uma manhã plena de praia e de desporto.
E percebi
entretanto que Peniche já tinha ultrapassado as fronteiras de si mesma. Longe
ía o tempo em que o António bento e Fernando Lopes da Silva designavam os
jovens do surf como turistas de pé descalço. O Surf e os seus praticantes venceram
a dura batalha de se imporem a um mundo conservador e dinossáurico.
Quem se
lembra daqueles tempos obsoletos e já varridos na memória dos tempos? No Baleal
vi um jovem surfista que vinha do seu mar com a prancha debaixo do braço.
Acompanhava-o um cãozito que segurava na boca o lash de forma a que ele não
tocasse a areia da praia. Percebi que este é um tempo que Peniche já ganhou.
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