terça-feira, outubro 27, 2015


PENICHE NO SEU MELHOR

O meu padrinho ontem de manhã levou-me a passear. Fomos de manhã à Praia de Supertubos para ter uma visão (ainda que breve) da etapa do Mundial de Surf.

É verdadeiramente espantoso e indiscritível o número de pessoas que ali se juntaram para ver um dos desportos mais libertadores da mente. Vogar ao sabor das ondas.

Aquele enchente de pessoas que fariam um recorde de espectadores num estádio, aquele bruááá extraordinário são um bálsamo para quem gostando de Peniche e de a ver preferida pelas pessoas observa tanta participação nacional e internacional.


Depois de sentir o ego satisfeito fui com o meu padrinho até ao Baleal. E se nos Supertubos tinha ficado feliz, é impossível descrever o meu estado de alma ao ver que eram ali centenas e centenas de carros. Milhares de pessoas que usufruíam de do Baleal de forma plena. Passeando, surfando, entendendo-se na praia, brincando. Num local em que já não existe competição o que se via era o usufruto de uma manhã plena de praia e de desporto.

E percebi entretanto que Peniche já tinha ultrapassado as fronteiras de si mesma. Longe ía o tempo em que o António bento e Fernando Lopes da Silva designavam os jovens do surf como turistas de pé descalço. O Surf e os seus praticantes venceram a dura batalha de se imporem a um mundo conservador e dinossáurico.


Quem se lembra daqueles tempos obsoletos e já varridos na memória dos tempos? No Baleal vi um jovem surfista que vinha do seu mar com a prancha debaixo do braço. Acompanhava-o um cãozito que segurava na boca o lash de forma a que ele não tocasse a areia da praia. Percebi que este é um tempo que Peniche já ganhou.

  

 

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