quarta-feira, julho 20, 2016


POKÉMON GO

Um novo (?) jogo faz as delícias de jovens, crianças e adultos. As atitudes destes jogadores provocam acidentes, invasão das redes sociais, busca incessante do velo perdido.

Nós portugueses há anos que procuramos o Pókemon embora com outros nomes. Quisemos o D. Sebastião e surgiu-nos o Salazar. Quisemos expandir-nos e provocámos dor e opressão. Fomos colonizadores onde devíamos ter sido “companheiros de vida”.
Em busca do El Dorado encontramo-nos como actores de um filme de terror.

Nós portugueses somos os reis da ilusão. E quando com os elementos que estão facultados aos que com eles lidam, não acreditamos. Mas se o “bonekito” parece estar ao nosso alcance logo nos tornamos de novo senhores de todo o saber, narcisistas, vaidosos e gigantes da nossa pequenez.

Ao ler o anúncio da festa das Rendas de Bilros que a CMP encontro:  PENICHE PROMOVE O MAIOR EVENTO DO MUNDO DEDICADO À ARTE DE TECER A RENDA DE BILROS. (o sublinhado é meu).

Somos os maiores. E temos de dizê-lo aos outros porque podem estar desatentos.

De tanto nos autoelogiarmos vamos diminuindo de tamanho e tornamo-nos pequeninos pókemons sem valor e sem credibilidade.

A Peniche a mania do “Pókemon Go” já chegou há muito. Mas ninguém lhe pega. Ou cada vez são menos à sua procura. Em 2005 eram 54,18 à procura. 53,45 em 2009 e em 2013 já só foram 43,23.

Quantos serão em 2017?

Tornámo-nos desinteressantes.

 

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