quarta-feira, agosto 23, 2017


ABSTENÇÃO:

A grande vencedora das noites eleitorais

Estamos a pouco mais de um mês de distância do dia das eleições autárquicas. Não quero ser maçador e por isso vou deter-me nos resultados dos 2 últimos actos eleitorais por cá realizados. E para ser menos maçador ainda vou deter-me nos resultados para a Câmara Municipal e farei alguma(s) breve(s) alusão(ões) à Assembleia Municipal.

Resultados da Câmara Municipal - 2009

Inscritos            - 24 978

Votantes           - 13 355 (53,47%)

Em Branco         - 266 (1,99%)

Nulos                        - 189 (1,42%)

Resultados da Câmara Municipal – 2013

Inscritos            - 25 384

Votantes           - 10 974 (43,23%)

Em Branco         - 525 (4,78%)

Nulos                        - 295 (2,69%)

 

Resultados da Assembleia Municipal – 2009

Votantes           - 13 350 (53,45%)

Em branco         - 341 (2,55%)

Nulos                        - 202 (1,51%)

Resultados da Assembleia Municipal – 2013

Votantes           - 10 926 (43,04%)

Em branco         - 599 (5,48%)

Nulos                - 267 (2,63%)

 

Percebe-se claramente nesta apresentação sucinta de resultados que oscilando muito pouco o número de cidadãos inscritos, o número de cidadão votantes tem vindo a diminuir de forma significativa.

Percebe-se que os cidadãos distinguem claramente o que é votar para a Câmara Municipal e para a Assembleia Municipal.

Verifica-se como sinal de insatisfação o crescimento do número de votos em branco e nulos entre 2009 e 2013.

Refira-se como curiosidade que em 2013 somados os votos do CDS/PP com os do BE o número obtido é inferior ao número de votos em branco nessa eleição.

Nestas 2 Eleições comparativas, candidataram-se 5 partidos institucionais, nas de 2017 surgem ainda mais 2 movimentos independentes de cidadãos. O que trará ainda maiores incertezas aos resultados.

Serão as listas concorrentes às eleições autárquicas no concelho de Peniche que terão que fazer pela vida e convencer os abstencionistas de que alguma coisa mudou. Por muito pouco que tenha mudado a nível figurativo. Mas a desilusão é a mãe da indiferença.     

 

 

Sem comentários: