quinta-feira, setembro 28, 2017


AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2017

SERÁ QUE O DIABO NÃO ESTÁ SEMPRE ATRÁS DA PORTA?

Faltam 3 dias para a população que vota decidir a quem insultaremos nos próximos 4 anos. É mesmo assim. Uns quantos (mais que metade dos eleitores) votam. Os restantes passam 4 anos a dizer mal e a escrever pior de que os outros elegeram.

Não se incomodaram a ir votar. Mas depois apelam à liberdade de expressão para vomitarem o fel que todos os dias da sua vida os alimenta. São as excrescências da democracia.

Estes últimos 3 dias são um período de acalmia e descanso para quem há algum tempo, mais ou menos prolongado, tudo tem feito para tornar apetitosas para os eleitores as mensagens que pretende transmitir.

Alguns por apetite e gulodice pessoal. Porque precisam desta candidatura para poder aspirar a outros voos. Espalham a sonolência e o som monocórdico de quem há muito que esgotou o que tinha para dizer. A sua ambição não é a cadeira de Presidente de Câmara. Esse é um papel há muito esgotado para si e também já negado pelos eleitores a quem já se esgotou. Hoje é um grande e imenso flop. Literalmente.

Outros tornaram a Câmara Municipal o reino onde não sendo os filhos que assumem os cargos dos pais, tornaram aquela instituição um salão de baile onde os mesmos trocam de cadeiras para tudo poder ficar na mesma. Sai um e o outro ocupa a cadeira do seu par. O sortilégio do lugar é assumir a condenação para poder indultar o antecessor. Entre pares e iguais pressente-se o vaticínio da política pura e dura quando César é atraiçoado pelo seu braço direito. E ouve-se uma voz horrenda e horrível exclamar: “Não queiras tu sapateiro, tocar rabecão”.

Outros fazem-no porque o seu grupo de apoio teme o desastre. E para a fogueira vai quem pode arder sem que os grupos instalados possam ser beliscados. E temendo o pior, estão lá junto do candidato aqueles que estão em melhores condições de exercer pressão para que não se ouse ultrapassar os limites. A juventude pode ou não ser um benefício. Mas é sempre uma desculpa. A derrota é o melhor dos resultados para quem não ganha. Res ta quem perde manter a dignidade e conseguir levantar a cabeça. Só o pode fazer quem foi à luta. Os que não enfrentaram o calvário da batalha e se deixaram ficar por 2ªs ou 3ªs linhas nem na história dos desafios entram. Desses a história de Peniche não guardará memória.

 Alguns fazem-no porque perderam todos os comboios e as carreiras “expresso” e resta-lhes tentar dar um passeio de bicicleta. Fazem-no para evitar o esquecimento. Em primeiro lugar não se querem demitir de si próprios. Odeiam pensar que tendo opiniões elas se perdem no deserto em que pensam estar a viver. Rodeiam-se de uns quantos homens e mulheres de boa vontade que nunca aspiraram a nada até lhes surgir esta janela de oportunidade que finalmente para eles se abriu. Não sabem nem sonham que são a justificação para alguns se poderem colocar em bicos de pés. Depois tudo acabará e o que de melhor para eles e elas poderia surgir foi este seu momento de glória.

Por último surge quem das suas capacidades tenta fazer nascer uma réstia de esperança. É-me permitido pensar que existe alguma coisa de novo e com futuro no meu concelho. Do nada e sem que assim esperássemos o “statu quo” em que vivíamos é rompido. A lógica partidária ao funcionar torna-se o detonador de uma outra lógica de vida para os cidadãos. Os partidos com máquinas partidárias habituadas a determinada ordem não são capazes de se ultrapassarem a si próprios. Bem podem vir as acusações que vierem. É o esforço e a capacidade de alguém que provoca toda esta agitação de que o Concelho de Peniche agora também faz parte. Sou árvore porque tenho raízes. Sou árvore porque gero o oxigénio necessário a um ambiente mais puro. Sou árvore porque as árvores morrem de pé. Sou árvore porque com a minha copa quero abrigar todos aqueles, homens e mulheres que lutam todos os dias por um futuro mais risonho para si e para os seus. Familiares, amigos e conterrâneos.

A minha árvore foi buscar à sua seiva as condições financeiras, materiais e físicas para poder toda ela ser de todos nós. Não teve outros recursos que não os seus. Outras fontes de apoio que não as suas. Não pediu esmolas. Não obteve favores. Nãio lhe cederam meios. E no fim aqui está ele, A ÁRVORE, pronta(o) para ser um outro operário na construção aberta e transparente do nosso Concelho. Sei, sabemos que se tivermos razão e como esperamos a árvore surgir magnífica e frondosa no dia 1 de Outubro, no dia 2 irão surgir muitos agricultores de última hora a implorar a quota-parte do seu desabrochar.  Importa pouco. Verdadeiramente importante é que o caminho fez-se caminhando.

E que para o Concelho de Peniche se poderão abrir 4 anos de esperança e de trabalho.

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