AS ELEIÇÕES
AUTÁRQUICAS DE 2017
SERÁ QUE O
DIABO NÃO ESTÁ SEMPRE ATRÁS DA PORTA?
Faltam 3
dias para a população que vota decidir a quem insultaremos nos próximos 4 anos.
É mesmo assim. Uns quantos (mais que metade dos eleitores) votam. Os restantes
passam 4 anos a dizer mal e a escrever pior de que os outros elegeram.
Não se
incomodaram a ir votar. Mas depois apelam à liberdade de expressão para
vomitarem o fel que todos os dias da sua vida os alimenta. São as excrescências
da democracia.
Estes últimos
3 dias são um período de acalmia e descanso para quem há algum tempo, mais ou
menos prolongado, tudo tem feito para tornar apetitosas para os eleitores as
mensagens que pretende transmitir.
Alguns por
apetite e gulodice pessoal. Porque precisam desta candidatura para poder
aspirar a outros voos. Espalham a sonolência e o som monocórdico de quem há
muito que esgotou o que tinha para dizer. A sua ambição não é a cadeira de
Presidente de Câmara. Esse é um papel há muito esgotado para si e também já
negado pelos eleitores a quem já se esgotou. Hoje é um grande e imenso flop.
Literalmente.
Outros
tornaram a Câmara Municipal o reino onde não sendo os filhos que assumem os
cargos dos pais, tornaram aquela instituição um salão de baile onde os mesmos
trocam de cadeiras para tudo poder ficar na mesma. Sai um e o outro ocupa a
cadeira do seu par. O sortilégio do lugar é assumir a condenação para poder
indultar o antecessor. Entre pares e iguais pressente-se o vaticínio da
política pura e dura quando César é atraiçoado pelo seu braço direito. E
ouve-se uma voz horrenda e horrível exclamar: “Não queiras tu sapateiro, tocar
rabecão”.
Outros
fazem-no porque o seu grupo de apoio teme o desastre. E para a fogueira vai
quem pode arder sem que os grupos instalados possam ser beliscados. E temendo o
pior, estão lá junto do candidato aqueles que estão em melhores condições de
exercer pressão para que não se ouse ultrapassar os limites. A juventude pode
ou não ser um benefício. Mas é sempre uma desculpa. A derrota é o melhor dos
resultados para quem não ganha. Res ta quem perde manter a dignidade e
conseguir levantar a cabeça. Só o pode fazer quem foi à luta. Os que não enfrentaram
o calvário da batalha e se deixaram ficar por 2ªs ou 3ªs linhas nem na história
dos desafios entram. Desses a história de Peniche não guardará memória.
Alguns fazem-no porque perderam todos os comboios
e as carreiras “expresso” e resta-lhes tentar dar um passeio de bicicleta. Fazem-no
para evitar o esquecimento. Em primeiro lugar não se querem demitir de si
próprios. Odeiam pensar que tendo opiniões elas se perdem no deserto em que
pensam estar a viver. Rodeiam-se de uns quantos homens e mulheres de boa
vontade que nunca aspiraram a nada até lhes surgir esta janela de oportunidade
que finalmente para eles se abriu. Não sabem nem sonham que são a justificação
para alguns se poderem colocar em bicos de pés. Depois tudo acabará e o que de
melhor para eles e elas poderia surgir foi este seu momento de glória.
Por último
surge quem das suas capacidades tenta fazer nascer uma réstia de esperança. É-me
permitido pensar que existe alguma coisa de novo e com futuro no meu concelho.
Do nada e sem que assim esperássemos o “statu quo” em que vivíamos é rompido. A
lógica partidária ao funcionar torna-se o detonador de uma outra lógica de vida
para os cidadãos. Os partidos com máquinas partidárias habituadas a determinada
ordem não são capazes de se ultrapassarem a si próprios. Bem podem vir as
acusações que vierem. É o esforço e a capacidade de alguém que provoca toda
esta agitação de que o Concelho de Peniche agora também faz parte. Sou árvore
porque tenho raízes. Sou árvore porque gero o oxigénio necessário a um ambiente
mais puro. Sou árvore porque as árvores morrem de pé. Sou árvore porque com a
minha copa quero abrigar todos aqueles, homens e mulheres que lutam todos os
dias por um futuro mais risonho para si e para os seus. Familiares, amigos e
conterrâneos.
A minha
árvore foi buscar à sua seiva as condições financeiras, materiais e físicas para
poder toda ela ser de todos nós. Não teve outros recursos que não os seus.
Outras fontes de apoio que não as suas. Não pediu esmolas. Não obteve favores.
Nãio lhe cederam meios. E no fim aqui está ele, A ÁRVORE, pronta(o) para ser um
outro operário na construção aberta e transparente do nosso Concelho. Sei, sabemos
que se tivermos razão e como esperamos a árvore surgir magnífica e frondosa no
dia 1 de Outubro, no dia 2 irão surgir muitos agricultores de última hora a
implorar a quota-parte do seu desabrochar. Importa pouco. Verdadeiramente importante é
que o caminho fez-se caminhando.
E que para
o Concelho de Peniche se poderão abrir 4 anos de esperança e de trabalho.
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