quarta-feira, setembro 20, 2017


O DIREITO (E O DEVER) DE DIZER: - NÃO SEI!

Num tempo particularmente “vadio”. Toda a gente sabe de tudo. Isto é particularmente acentuado em períodos de eleições autárquicas , quando os candidatos a presidente de Câmara querem aparecer como os “senhores sei tudo” e tudo fazem.

Ninguém sabe tudo. E tem de afirmá-lo claramente. Tem isso sim que ter capacidade de resposta para o que lhe possa surgir. Ouvindo quem conhece o assunto. Aconselhando-se com quem pode clarificar as soluções.

Ouvir alguém com a responsabilidade maior numa edilidade reconhecer as suas limitações, é fazer desse alguém uma pessoa como nós. Torná-lo humano. Acessível e solidário.

Quando me surgem com frases feitas temo sempre os iluminados. E se ser iluminado não é perigoso na gestão nacional, a nível local torna-se embaraçoso e pouco convincente. Mais importante do que saber o que foi feito (nós estamos cá para ver) é afirmar sobre o que se prometeu e não se fez. Ou porque é que as populações nos rejeitam por mais em que insistamos em vender a nossa “banha da cobra”.

Esse acto de humildade é fundamental para o cidadão poder acreditar.

Sem comentários: