QUEM QUER FARELOS?
A banha da cobra atinge todos. Escudeiros vaidosos e senhores de pluma. Servos da gleba pedinchões e povo ordeiro e amante de festas e romarias. Antigamente oferecia-se um palco junto ao castelo, rufar tambores, um “terçar” de armas de aperitivo e aí estava a Festa com que castelões impressionavam os seus lacaios. Agora é mais simples: - Uma câmara de TV seja qual for o objecto de mostra, e já está. Do Big Brother às manhãs de Verão, só mudam os intérpretes os conteúdos são os mesmos.
Gil Vicente não regressa do túmulo. Com a banda larga não há farsa que mereça a pena ver. Dá trabalho. Extrapolar do Teatro Medieval para situações concretas de hoje é um exercício de estilo para que poucos se sentem dinamizados.
Hoje com “ondas” e “hipotéticas energias alternativas” se enganam os tolos que já lá não vão com bolos. Tudo o que “luz é oiro”. E se não for, uma procissão redime os pecados de todos.
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