RENDER DA GUARDA
É espantoso como há coisas e pessoas que fazem parte de nós como se fosse completamente indissociáveis de tudo quanto temos de memória e hábitos. Comigo algumas dessas coisas (ou pessoas) têm a ver com a igreja católica. Recordo quando estava a estudar em Lisboa como fui atingido como um raio quando soube que o Papa Pio XII tinha morrido. Tudo o que cheirava a clero tinha a ver com ele e eu achava que o homem não desapareceria nunca. É como agora. Saber que a figura do Padre Bastos deixou de ter a responsabilidade da Paróquia de Peniche é para mim algo de impensável. Mas assim é a lei da Vida. Uns dão lugar aos outros mais ou menos devagarinho. Por mais que estranhemos a mudança, ela vem sempre, trazendo consigo novas experiências, novos viveres.
Não é fácil a substituição do Monsenhor Bastos. Queiramos ou não quem o substitui acabará por ser objecto de comparação com quem substituiu. É claro que para os católicos praticantes e para os cristãos que acreditam, isso nunca poderá constituir um problema. É a Igreja consubstanciada em Cristo que importa. Nunca os seus representantes serão mais importantes que O que representam.
Mas quem sou eu para estar aqui a ensinar os que sabem de tudo isto muito mais que eu.
Cá para mim desejo ao novo pároco as maiores felicidades do mundo. E estes votos são o melhor tributo que posso prestar ao Padre Bastos. Desejar que a paróquia de Peniche ainda venha a ser melhor testemunho de Cristo do que alguma vez foi, com a orientação do Padre Pedro, é o que mais grato pode ser para o coração amigo do Monsenhor Bastos. Dele não me despeço. Já toda a gente disse tudo. Ele sabe o que sinto. Isso basta-me.
É para o seu sucessor que vai toda a a minha amizade na hora de chegar. Sei que se ele cumprir com o maior êxito a sua missão, Peniche será uma terra melhor e mais feliz. E isto é tudo o que posso desejar.
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