segunda-feira, dezembro 15, 2008

“MAI NADA”
Com este título recebi um email que distribuía por inúmeros internautas a cópia de uma página de um boletim informativo dum aluno do 2º Ciclo, que com a devida vénia aqui publico para se poder acompanhar o meu raciocínio. O título (que eu também reproduzo) tanto quanto me é dado perceber pretende rematar o que a mãe de um aluno diz a uma professora.Começo por referir que este Boletim (Caderno do Aluno) tem carácter confidencial. Se lemos esta cópia não foi porque o Encarregado de Educação (EE) o tivesse divulgado. Dá para perceber que terá sido a Professora que terá considerado “menos feliz” o recado da mãe da aluna e que a terá reproduzido para ilustrar “o que valem” os EEs. 1º atitude infeliz da dita professora.
Estranhei que uma professora digna desse nome, afirme que o não fazer os TPCs prejudica a avaliação do aluno. Qual avaliação? Sumativa? Formativa? Ou meramente Informativa? E em que é que esse facto pode prejudicar uma avaliação? Se é Formativa ou Informativa, antes pelo contrário enriquece-a. O Professor (que o é) fica a saber que o aluno não realiza os TPCs. Ou porque não quer ou porque não tem condições para o fazer.
Se não quer, há que chamar o EE e tentar descobrir as razões que levam a isso, e tentar estratégias de remediação. Se não tem condições para os fazer, então há logo que avançar para as referidas estratégias.
Mas desde logo a resposta da EE é elucidativa. Então há que definir estratégias que desde logo permitam que o aluno em sede de escola possa resolver propostas de trabalho que noutras condições não serão feitas.
Aqui a 2ª atitude nitidamente infeliz da professora. Então estamos ou não numa situação de ensino diferenciado, em que cada aluno é um caso? E que como tal deverá ser tratado…
Quanto mais conheço estas situações, mais razão dou à Ministra da Educação. É preciso avaliar os professores para distinguir o trigo do joio. E dar condições aos que trabalham de forma séria. Quanto aos outros de que a professora que é capaz de fazer o que esta que ilustramos fez, é melhor procurarem outra profissão. Professores é que não são.
PS: Se os professores se queixam de que o Processo de Avaliação lhes ocupa tempo demais, vale a pena pensar no que é sair de casa às sete horas da manhã, chegar às 18 e 30horas. Ter a roupa da casa para tratar, limpezas para fazer, cuidar dos filhos, fazer comida, preparar tudo para o dia seguinte e ter que pensar se o educando fez os TPCs. Uma mãe não terá trabalho a mais? É que uma mãe que trabalhe, não tem uma ocupação no local de trabalho de 22 horas…

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