memórias do futuro (narrativa de uma família)
Falo com inúmeras pessoas que trabalharam comigo nas diversas escolas por onde passei e só ouço dizer: - vou reformar-me (ou reformei-me).
Não posso acreditar que alguém tenha ganho com esta fuga em frente. Nem os próprios, nem as escolas, nem o Sistema Educativo. Quando decorrer o tempo suficiente para uma análise fria e desapaixonada do primeiro decénio do século XXI em Portugal, poderemos então avaliar até que ponto foi ou não meritória esta ampla saga que vamos atravessando.
Penso que as culpas pelo que de mau estará a decorrer irão ser repartidas. Nenhum País o é sem o povo que o define. Vem tudo isto a propósito de um livro que acabo de ler sofregamente. O título do livro é o título deste blog. O autor é Daniel Sampaio. Trata de uma vida vivida. É o encontro de alguém com a sua juventude, com a sua maioridade e com o seu declínio.
É aquilo que sabem os que já viveram muito e espera os que ainda vão a percorrer a vida. Por falar do que sabemos ou adivinhamos é que vale a pena. É um encontro entre o ser e não ser coisa nenhuma. Quando se fala de livros que merecem a pena ser lidos e levar connosco para onde formos, este é um deles.
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