TANTA CRISE E EU AQUI…
Quem vive em Peniche está no melhor dos mundos. A crise serve para trocar emails contra o governo mais ou menos agressivos.
De resto com as poupanças das compras que não se fazem, na feira mensal que está interrompida até Deus ver, foi forçada mais uma instituição bancária a assentar arrais em Peniche, porque anda por aí muito dinheiro à solta que carece de ser aplicado.
Novas grandes superfícies preparam-se para durante o Natal fazer a sua aparição e receber também os dividendos das riquezas que tornam Peniche um Oásis no circuito das misérias de um Portugal mendigo e à mesa da sopa dos pobres.
Quem entrar em Peniche e vir a revolução que tende a transformar a cidade numa Fortificação medieval com um fosso capaz de nos defender dos invasores mauzões, percebe que esta terra está finalmente a tornar-se num El Dorado. Por isso eu curto aqui viver.
È claro que existem situações menos agradáveis. Aqueles escombros do que deveria ser uma Biblioteca Municipal, aquele edifício do Traquinas, aqueloutro do António Bento, o Bairro do Calvário, são exemplos de situações que precisam de serem pensadas, meditadas, projectadas e meditadas, para serem resolvidas. E se conseguirmos realizar um grande Festival com Televisões a transmitirem em directo e onde caibam os egos mais volumosos, então é certo e sabido que não teremos carcinomas urbanísticos a desvirtuarem a beleza deste paraíso.
Lá para o inicio do próximo ano, quando virmos os fundos que deram entrada neste Concelho pela pesquisa e exploração do petróleo da bacia, perceberemos então as razões das prioridades dos nossos líderes.
Conquistado o direito a uma economia saudável, já passamos para o estádio seguinte. O da diversão pura e simples. Agarra tu também na tua prancha e vamos dar uma surfadela.
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