quinta-feira, abril 11, 2013

E SE TE DESSEM UM SÔCO NO ESTÔMAGO?

É indiscutível que há muitos anos (desde que foi Ministra da Educação) que não morro de amores por Manuela Ferreira Leite. Até porque tem uma cara de pau que me impede de todo ouvi-la. Até que de repente, de forma inesperada dei por mim a ouvi-la acerca da situação político-económica do nosso país.
E fez-se luz em mim sobre uma série de questões que eu não tinha visto com a clarividência com que ela as abordou.

1º - Denunciou a actual situação como uma crise política antes de uma crise económica

2º - Foi muito clara que os partidos da actual maioria se limitam a teatralizar as inconstitucionalidades detectadas pelo TC

3º - Elucidou-nos sobre os perigos dos caminhos que trilhamos. Já passamos da austeridade pura e dura para entrar numa situação de pobreza extrema, que pode ser a mãe de todos os perigos.

4º - Recordou que estamos pior agora passados 2 anos do que quando iniciámos este caminho e que, nem daqui a 10 anos conseguiremos equilibrar o défice, sendo que quando o fizermos, Portugal estará reduzido a cinzas.

Manuela Ferreira Leite não é propriamente uma anarquista, nem uma mulher de esquerda. É insuspeita, o que mais me assusta. Para quem ela deu o recado, agora que está definitivamente afastada dos projectores da política eu calculo, mas não posso ter a certeza.
A Drª. MFL esclareceu melhor que os que pretendem alguma coisa da política as pessoas em geral sobre o que verdadeiramente se passa. Disse que o incumprimento das metas que nos tinham sido estabelecidas há muito tempo que estava comprometido. Muito antes das decisões do TC.
Disse que o que o TC decidiu representa 1% do valor do Orçamento de Estado. Ora toda a gente que queira poupar 1% do seu orçamento saberá fazê-lo. E o Estado melhor que ninguém. Só é drama poeque pretendem lavar os seus erros com detergentes inócuos.
Aprendi muito ontem à noite. E acima de tudo aprendi que só uma pessoa dá crédito a este Governo miserável que está a conduzir este país à miséria extrema.

E aguentamos tudo sem capacidade de reagir.

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