sexta-feira, março 28, 2014

ADRIANO MOREIRA

É uma personagem da nossa história recente pela qual não morra propriamente de amores. O seu percurso político esteve sempre nas antípodas do meu, excepto em alguns momentos em que colocou acima de das suas crenças ideológicas, um enorme sentido de dever patriótico e de honra que fizeram com que eu o admirasse pela sua verticalidade e pela sua coerência. Nesses momentos eu consigo esquecer que foi ministro (Ultramar) de Salazar e Presidente e fundador do CDS.

Vem esta referência a este senador da República Portuguesa, a propósito de uma sua intervenção no “Internacional Club of Portugal” em que veio a referir um aspecto deste humilhante empréstimo que nos foi concedido em condições que fariam corar de vergonha qualquer pessoa honrada, no que diz respeito à análise e avaliação feita por uns funcionários de 3ª categoria da tróika, mal preparados tecnicamente e incompetentes cientificamente, periodicamente para se poderem avalizar as tranches do empréstimo concedido a Portugal.

Diz Adriano Moreira que é insuportável ver ministros do Governo de Portugal, o primeiro-ministro, o Presidente da República, a Presidente da Assembleia da República, a prestarem vassalagem a gente que em Portugal nem sequer secretários de estado seriam.
É humilhante, indigno, desonroso, dar aval a esta gente que deveria ser recebida pelos nossos técnicos do ministério das finanças ou de quaisquer outros ministérios. Ver o Vice Primeiro-Ministro ou a Ministra das Finanças reunidos com mangas-de-alpaca da troika, dói e desmoraliza qualquer cidadão atento e com honra.

Assim nos tornamos o escárnio da Europa.

 

 

 

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