quinta-feira, março 13, 2014

ORA ENTÃO CONVERSEMOS...

Tudo se conjuga para nos encher de temor. A falta de esperança enraíza-se por todos os nossos poros. Alguns daqueles que aprendemos há muitos anos a respeitar, provindos de todos os sectores da vida pública, apresentam propostas que permitem encarar o futuro com algum desafogo. Mas os que detêm o poder recusam-se ouvi-los e com o intuito de baralhar tudo e todos voltam-se para outras paragens, como se a resposta e o patriotismo e a visão clara do futuro estivesse só ao seu alcance. Os que não concordam com o poder ou têm uma visão estreita e distorcida do que é melhor para Portugal ou não são patriotas. Eu ou o desastre. Eu ou a miséria. Eu ou o caos.

No grupo restrito dos nossos amigos vamos vendo soçobrar uns e outros tornando irremediável a nossa solidão. Amigos, conhecidos e familiares vão deixando o seu convívio connosco e nós perdemos cada vez mais a capacidade de encontrar as nossas referências.
Algumas vozes (poucas) tentam encontrar o justo equilíbrio entre a tristeza, a nostalgia e o desespero.
Eu, começo a perder as minhas razões para continuar a escrever. Afinal, já sou menos eu e mais o que gostaria de ser. Questiono-me se ainda merece a pena continuar. Sobre Peniche já existem não sei quantos blogs. Assim de repente conto 24. Que faço então eu aqui?

Sou um homem de causas. Das minhas causas. Não alinho por diapasões, nem por modelos institucionais ou outro.
Urgentemente tenho de encontrar respostas.  

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