3 dias por semana saio de casa. São os dias da fisioterapia no Hospital de Peniche. A viagem é mais ou menos curta mas consigo ter uns vislumbres ainda que muito ténues da minha terra. Abrem e fecham locais comerciais embora que os empreendimentos sejam os mesmos.
Os empreendedores aproveitam a baixa dos custos de aluguer para reporem os seus negócios em locais mais baratos e que lhes parecem mais visíveis. Longe vão os tempos dos trespasses malucos. Em que se abriam negócios hoje, para os trespassar passados 2 meses sendo que o valor do trespasse era o lucro rápido e “inteligente”.
Chegam-me
notícias do envelhecimento das pessoas que conheço pelas caras que
vou encontrando no ginásio em busca de soluções para os entorpecimentos
musculares e/ou ósseos.
A
casa chegam-me notícias do desaparecimento de pessoas desconhecidas de que ouço
falar, outras conhecidas e ainda algumas outras que muito importantes foram
para mim.
Chegam-me
mensagens orais de pessoas que muito prezo.
Chegam-me
notícias da vida política local e de uma maneira geral o que ouço e sei não me
anima. Excepção feita à Junta de Freguesia de Peniche. Que vai desempenhando o
seu papel com o mesmo empenho do 1º dia e vai-lhe sobrando tempo para tapar os
buracos que a Câmara Municipal deixa abertos em ferida.
O
PCP/CDU continuar a saber-me a um bolo estragado com uma cobertura
relativamente cuidada e com um óptimo marketing de venda. Nomeadamente na área
social (que deveria ser a sua principal preocupação) o seu desempenho tem sido
uma imensa e tenebrosa fraude. Estão aí os Bairros Sociais para o provarem e os
cartazes (a caírem de podres) onde se anunciam escandalosamente Bairros residenciais
de sonho.Que os deuses permitam que novos protagonistas credíveis e com uma actividade à prova de bala se apresentem a eleições para que possamos escolher para Peniche um caminho de esperança. Por muitos que sejam os sacrifícios.
Mas eu estou numa cadeira de rodas e se calhar nada disto corresponde à verdade.
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