Antigamente o rol. No rol apareciam as pessoas que deviam dinheiro. No tempo da Inquisição os suspeitos de não se devotarem e serem fiéis à Igreja de Roma também faziam parte do rol. Os livros, esses faziam parte do Índex que sobreviveu até aos dias de hoje e do que mais não é que o catálogo dos livros de leitura proibida pela Igreja Católica.
Por
associação de ideias quando falamos de lista, rol, índex, estamos a conotar uma
carga negativa. Faziam parte da lista no tempo do Estado Novo os comunistas e
seus associados. No período negro do nazismo os judeus e homossexuais.
Quem
faz parte hoje parte da lista? Os corruptos? Não. Só aqueles que não fazem
parte do nosso grupo de interesses. Perguntem ao Deputado europeu Nuno Melo
porque se assanhou tanto contra Victor Constâncio e não se lhe ouve uma palavra
em relação a Carlos Costa.
Do
rol fazem parte os criminosos? Nem todos…nem todos.Faz parte então quem? Em primeiro lugar os que se opõem ao poder económico-político estabelecido.
Mas
hoje com o refinamento, existem vários tipos de listas. A dos opositores e a
dos nossos amigos. Os que estão sujeitos às escutas e à observação sistemática
das suas contas bancárias e fiscais e os outros. Aqueles em que olhar para os
seus interesses é motivo de processo disciplinar.
A
um nível mais restrito e “piquenino” também existem listas. As das pessoas que
contribuem para a perpectuação no poder de certos autarcas e aqueles a quem
está vedado qualquer tipo de “boa-vontade” política ou social.
Hoje
são os cinzentões, os “cortiças” quem vai escapando. Qualquer manifestação de
personalidade, de “coluna vertebral” põe em risco quem o sustente.
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