segunda-feira, março 23, 2015

NEM TODOS SOMOS IGUAIS
Se perguntarmos à generalidade dos portugueses se considera que todos temos iguais direitos e deveres, tenho para mim que a resposta invariavelmente será não.
Eu por exemplo não tenho dúvidas que sou menos respeitado que o “sr. fulano de tal” só porque este cheira a dinheiro por todos os lados e eu cheiro a sobrevivência casual. O “sr. cicrano” merece vénias enquanto que eu levarei um “olá” circunstancial.
Isto para falar de aspectos de somenos importância. Porque se passarmos a aspectos substantivos ainda se tornam mais notórias as desigualdades.

Fotografias minhas não servem para nada em revistas do “jet set” enquanto que outros porque são de apelido “disto & daquilo” merecem ser referenciados.
Um funcionário das finanças de capote alentejano suscita um sorriso amarelo. Se for D. Duarte de Bragança é “chic”.
E podíamos arranjar mais de 1 milhão de possibilidades. Mas não resisto a citar mais uma: - O Licas é um marginal que não é bom saudar. O Ricardo Salgado merece apertos de mão do presidente da Comissão de inquérito e sorrisos benevolentes de quem o aguarda na Assembleia da República.

Não somos iguais em circunstância alguma. Mesmo que estejamos presos existem uns que são mais uns que outros.
Por isso não me insurjo contra a existência de grupos de VIP protegidos. Sempre existiram. O que a constituição diz não passa de uma figura de retórica. Aliás se alguém se preocupasse com a constituição há muito tempo que o actual governo e o presidente da república teriam sido despedidos.

O que está, está muito bem como está. Pelo menos não enganamos ninguém. 

 

Sem comentários: