É VERDADE
È verdade que Marcelo fez o que quis com estas eleições
presidenciais. Mas ele é só uma pessoa. Ele sozinho cilindrou as máquinas
partidárias e os especialistas nestas áreas de marketing. Ele fez a campanha
que quis e como quis. Borrifou-se para os comentários dos comentadores
ultra-conservadores que o criticavam, e continuou a andar para a esquerda se
assim lhe apetecia ou para a direita se isso lhe aprouvesse. E eles mordiam-se
todos.
Dir-me-ão numa análise de confrangedora pobreza que ele teve
anos de visibilidade. E eu a isso responderei que estava sozinho e foi assim
que se construiu Presidente. E direi ainda que também o Correio da Manhã é um vómito
de jornal (não sei se lhe chame antes pasquim) e é um campeão de vendas.
O Marcelo deu ao Zé Povinho o que este gosta. Foi afectuoso
qb. Foi do Braga para isso não lhe criar embaraços entre os adeptos do Porto,
do Sporting e do Benfica, que aliás nunca hostilizou.
As máquinas partidárias com tanta gentalha lá enfiada nunca
souberam analisar o que teria de ser corrigido. Os comentadores foram apanhados
de surpresa. Com tanta gente dita inteligente à sua volta a Mariazinha está
feita ao bife com tantas dívidas. Os seus “amigos” desapareceram todos. É a
velha história de contar com o ovo no cú da galinha.
O Marcelo fez uma campanha pobrezinha. Mas cheia de impacto.
Os inteligentes dizem que ele está há anos a fazer política.
É verdade. Mas está sozinho. E o que andaram a fazer os PCs e os PSs e os PSDs
e os CDSs? Esta gente mete nojo com as desculpas que arranjam.
Digam antes que ele fez política sem cheirar a político. Fez
campanha sem parecer vendedor da banha da cobra. Não foi hostil. Nem
truculento. Os que como eu o detestam e mudavam de canal quando ele aparecia, não
sentiam que ele ficasse mal disposto. Continuava a sorrir com o mesmo sorriso
que arrastou consigo desde os tempos do Estado Novo.
E o meu povo não quer é ser incomodado.
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