quarta-feira, janeiro 27, 2016


É VERDADE

È verdade que Marcelo fez o que quis com estas eleições presidenciais. Mas ele é só uma pessoa. Ele sozinho cilindrou as máquinas partidárias e os especialistas nestas áreas de marketing. Ele fez a campanha que quis e como quis. Borrifou-se para os comentários dos comentadores ultra-conservadores que o criticavam, e continuou a andar para a esquerda se assim lhe apetecia ou para a direita se isso lhe aprouvesse. E eles mordiam-se todos.

Dir-me-ão numa análise de confrangedora pobreza que ele teve anos de visibilidade. E eu a isso responderei que estava sozinho e foi assim que se construiu Presidente. E direi ainda que também o Correio da Manhã é um vómito de jornal (não sei se lhe chame antes pasquim) e é um campeão de vendas.

O Marcelo deu ao Zé Povinho o que este gosta. Foi afectuoso qb. Foi do Braga para isso não lhe criar embaraços entre os adeptos do Porto, do Sporting e do Benfica, que aliás nunca hostilizou.

As máquinas partidárias com tanta gentalha lá enfiada nunca souberam analisar o que teria de ser corrigido. Os comentadores foram apanhados de surpresa. Com tanta gente dita inteligente à sua volta a Mariazinha está feita ao bife com tantas dívidas. Os seus “amigos” desapareceram todos. É a velha história de contar com o ovo no cú da galinha.

O Marcelo fez uma campanha pobrezinha. Mas cheia de impacto.

Os inteligentes dizem que ele está há anos a fazer política. É verdade. Mas está sozinho. E o que andaram a fazer os PCs e os PSs e os PSDs e os CDSs? Esta gente mete nojo com as desculpas que arranjam.

Digam antes que ele fez política sem cheirar a político. Fez campanha sem parecer vendedor da banha da cobra. Não foi hostil. Nem truculento. Os que como eu o detestam e mudavam de canal quando ele aparecia, não sentiam que ele ficasse mal disposto. Continuava a sorrir com o mesmo sorriso que arrastou consigo desde os tempos do Estado Novo.

E o meu povo não quer é ser incomodado.   

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