quinta-feira, abril 14, 2016


GOVERNAR PELO FACEBOOK

~Dizem-me pessoas amigas, que quem quer saber do que se passa de errado em Peniche (ao que parece o relato de situações dignas de elogio não ocorre), tem de ir ver os anúncios na parede do Barnabé (isto é) na rede social facebook. E deram-se 2 exemplos. O levantar de poeira acerca de uns terrenos cedidos (alegadamente de forma menos transparente) e as ervas que invadiram as ruas de Peniche. O que é certo é que a CMP viu-se na obrigação de explicar o primeiro caso e no 2º caso passados poucos dias dessa publicação, viam-se trabalhadores autárquicos a fazer a limpeza das ervas bravias.

Que significado tem tudo isto?

Ao que parece responsável autárquico com responsabilidades, utiliza o mesmo meio de comunicação. O velhinho Boletim Municipal tornou-se obsoleto. Agora são as redes sociais que se tornaram a forma de contacto por excelência. Significa isto que quem não aderir a estes meios se torna um homem das cavernas.

A tertúlia, o comunicado, a mensagem escrita, o cartaz, tudo isto deixou de funcionar. Porque o FB consegue juntar o “diz-que-disse” a uma fonte de relação saudável comunitária. Embora que esta última tenha tendência para se tornar praticamente inexistente.

Sou a favor de mandar mensagens em garrafas bem rolhadas para impedir a entrada de água. Sou a favor dos sinais morse. Ou da língua gestual. Como pois poderia não estar de acordo que quem entra neste mundo recém-descoberto da net, posso comunicar com quem eventualmente lá o encontre.

O que fará destes modelos de comunicação é algo que nos falta descobrir, sobretudo em dias em que a energia nos venha a faltar.   

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