UM DIA PARA ESQUECER...
Reunião
semanal da equipa médica do hospital.
Na ordem do dia, uma acusação da enfermeira Joana contra o doutor André este
teria se dirigido a ela com termos impróprios.
O director fala:
- Este tipo de atitude é inadmissível neste hospital. O senhor tem algo a dizer
em sua defesa?
O médico responde que está envergonhado pelo ocorrido, mas que há
circunstâncias atenuantes:
- Deixe-me explicar como aconteceu. De manhã, o meu despertador não funcionou.
Quando eu vi as horas, pulei da cama, prendi o pé no cobertor, caí de cabeça no
chão e parti o abajour. Depois, enquanto fazia a barba, a campainha tocou e eu
cortei-me. Era um vendedor de enciclopédias e, para me livrar dele, acabei por
comprar uma de 12 volumes. Quando fui tomar o meu café, estava frio e as
torradas queimadas. Fui para a garagem e escorreguei numa poça de óleo da moto
do meu filho. Ao dar à ignição do meu carro, reparei que a bateria estava
morta. Tive que chamar um electricista que me fez perder uma hora e 100 EUROS.
Eu devia era ter apanhado um táxi porque, ao chegar ao estacionamento do
hospital, acabei por bater num outro carro...
O médico pára um instante para recuperar o fôlego e continua:
- Quando finalmente eu me sentei na minha cadeira, a enfermeira Joana entra e
pergunta-me:
- "Doutor, acabaram de chegar 72 termómetros. Onde devo enfiá-los?"
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