terça-feira, julho 04, 2017


ÀS ARMAS, ÀS ARMAS!/SOBRE A TERRA, SOBRE O MAR,
ÀS ARMAS, ÀS ARMAS!/PELA PÁTRIA LUTAR!
CONTRA OS CANHÕES/MARCHAR, MARCHAR!

Sinto-me perfeitamente siderado com o que aconteceu em Tancos que eu pressupunha ser um espaço militar de élite. Ou pelo menos foi. Sinto-me igualmente estupefacto com o que a comunicação social e alguns políticos de meia-tigela têm referido sobre a matéria.

Algumas perguntas que me bailam no espírito partem sempre da mesma pergunta, “quantas desta bestas” fizeram tropa e sabem minimamente o que é fazer a guarda de um aquartelamento e/ou de um ou mais paióis?

Fiz tropa no tempo da “outra senhora”. O roubo de um paiol de material de guerra só seria possível por meio de uma acção de guerrilha devidamente estruturada e que me recorde, só uma organização tipo “ARA” teria intelecto e operacionais capazes de o levar a efeito.

Num tempo em que tudo era levado a sério, oficial de dia e oficial de prevenção faziam ronda pelos locais previamente determinados para montar a guarda, em espaços de tempo aleatórios e ai dos militares que fossem encontrados sem cuidarem da guarda para que foram incumbidos, dormindo ou noutras circunstâncias de incúria. O mínimo que lhes poderia acontecer era irem parar a um dos teatros de operações em África.

Claro que os comandantes das unidades militares que estabeleciam a defesa dos seus aquartelamentos e dos anexos que lhes cabiam defender, são os 1ºs responsáveis pelo que aconteceu. Com a incúria com que trataram uma matéria que é de primordial importância para um país da NATO que realiza missões em teatros de Guerra. Quem pode mais alguma vez confiar a guarda de equipamento militar a quem permitiu que acontecesse um roubo de material guerra que estava à sua guarda? E é claro que a sua exoneração terá de ser imediata.

Agora e depois disto é preciso saber mais e de forma clara. Os políticos t6êm de ser responsáveis e tratar este assunto com pinças. Eles que passam o tempo a anunciar que a a política não deve misturar-se com a Justiça, devem pensar que este é dos tais assuntos em que isso deve ser levado às últimas consequências. Ou acabará tudo muito mal.     
PS: Resta referir que no tempo em que fui militar, não havia videovigilância, nem havia assaltos a paióis.

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