sexta-feira, fevereiro 02, 2018


“PRO BONO” – Pelo bem…

Esta é uma expressão do latim utilizada comumente quando se trata de Justiça, por força da nomeação de um advogado quando o arguido não tem condições materiais para pagar um.

No entanto a sua aplicação é muito mais extensiva que esta. É o caso de milhares de pessoas que se entregam ao bem comum fazendo parte da direcção de instituições de caracter social ou recreativo. È o caso de gente que sem qualquer gratificação ou benefício entrega o seu saber à comunidade orientando jovens em participações nas mais diversas actividades, desportivas ou outras.

Eu aqui e agora quero recordar duas pessoas pelo menos que me marcaram desde sempre pela sua entrega pro bono à comunidade em que viviam.

Recordo os anos 50 e 60 do século XX, em que a miséria era mais que muita. As doenças só agravavam a pobreza endémica em que se vivia. E era meio caminho para o caixão. Muitas pessoas em Peniche, dessas em que a fome e a falta de dinheiro eram parte integrante da família, achavam que era milagre quando encontravam na rua o Dr. Bilhau ou o Dr. Pires de Carvalho. Lá faziam as suas queixas certas que encontrariam uma palavra de conforto, uma consulta pro bono e umas amostras de medicamentos que lhes iriam aliviar as maleitas. É que aqueles bolsos eram poços sem fundo de amostras que serviriam sempre para os que não tinham dinheiro para os irem comprar à PHARMACIA.

Tanta gente em tantas profissões que oferecem o melhor de si próprios aos outros. Gente de quem ninguém fala. Gente que dá sem olhar a quem dá. Gente que faz da sua vida um altar à solidariedade.

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