AFINIDADES
Ontem
estive a ouvir uma das mulheres de quem mais gosto neste país. Refiro-me a
Maria João Seixas, que com uma doçura que lhe é peculiar desenvolve um programa
de conversas na televisão que as escolas secundárias (e mesmo as Universidades)
deveriam obrigatoriamente gravar e reproduzir para os seus alunos. A entrevista
deste domingo de má memória (domingo em que o Brasil assumiu uma presidência da
direita totalitária e torcionária), dizia eu a entrevista foi com o Historiador
Rui Ramos. A propósito de qual é o papel do Historiador na sociedade actual,
acabámos por ouvir um autêntico Hino à Liberdade e à Tolerância. Não a
tolerância caridosa, antes a tolerância assumida como valor do Humanismo.
Curiosamente
um dia destes li no “Público” uma entrevista com Vasco de Pulido Valente, em
que este se refere a Rui Ramos de forma elogiosa. Compreendi ontem ao vir o
bate-papo entre MJS e RR, a razão de ser disso.
É bom ouvir
na televisão um debate em que nos sintamos em Paz connosco próprios e com os
outros. Quando as TVs generalistas se transformam todas a pouco e pouco em
simulacros de jornais de escândalos e de ódios latentes, é bom sentir a Paz
interior que conversas como aquela de ontem à noite nos transmite.
Obrigado a
Maria João Seixas e a Rui Ramos.
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