segunda-feira, outubro 29, 2018


AFINIDADES

Ontem estive a ouvir uma das mulheres de quem mais gosto neste país. Refiro-me a Maria João Seixas, que com uma doçura que lhe é peculiar desenvolve um programa de conversas na televisão que as escolas secundárias (e mesmo as Universidades) deveriam obrigatoriamente gravar e reproduzir para os seus alunos. A entrevista deste domingo de má memória (domingo em que o Brasil assumiu uma presidência da direita totalitária e torcionária), dizia eu a entrevista foi com o Historiador Rui Ramos. A propósito de qual é o papel do Historiador na sociedade actual, acabámos por ouvir um autêntico Hino à Liberdade e à Tolerância. Não a tolerância caridosa, antes a tolerância assumida como valor do Humanismo.

Curiosamente um dia destes li no “Público” uma entrevista com Vasco de Pulido Valente, em que este se refere a Rui Ramos de forma elogiosa. Compreendi ontem ao vir o bate-papo entre MJS e RR, a razão de ser disso.

É bom ouvir na televisão um debate em que nos sintamos em Paz connosco próprios e com os outros. Quando as TVs generalistas se transformam todas a pouco e pouco em simulacros de jornais de escândalos e de ódios latentes, é bom sentir a Paz interior que conversas como aquela de ontem à noite nos transmite.

Obrigado a Maria João Seixas e a Rui Ramos.     

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