terça-feira, janeiro 29, 2019


A REUTILIZAÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES

Quinta-feira 24 de Janeiro no jornal “Público”, título a toda a largura da 1ª Página, Escolas que mais reutilizarem manuais recebem dez mil euros.

 Já aqui falei sobre isto. Estava eu na Escola EB-2.3 da Lourinhã, Dr. João das regras, quando a certa altura e depois de vermos o que acontecia no final de cada ano lectivo com os manuais escolares, que eram abandonados na Escola ou deitados pura e simplesmente nos contentores.

O Conselho Directivo de que eu fazia parte com a Margarida e a Zinha, fizemos uma campanha no sentido de reaproveitar os manuais escolares. Pedimos aos pais e EEs que colaborassem e aos alunos solicitámos que poupassem a sua utilização. O dinheiro que não utilizássemos na compra de manuais, reverteria para a aquisição de material didáctico.

Ao tempo (década de 80 do século passado), o ME tinha estruturas regionais que acompanhavam as Escolas. No nosso caso era a DREL (Direcção Regional de Educação de Lisboa) e a CAE-Oeste (Coordenaçao da Área Educativa do Oeste. Comunicamos a essas estruturas a nossa iniciativa e ainda à Inspecção Geral de Ensino. Não tivemos qualquer oposição até que nos surgiu na escola o responsável no CAE pela Acção Social Escolar opondo-se veementemente à nossa iniciativa. Claro que não lhe ligamos qualquer importância. Não era mais do que um manga de alpaca cinzentão, a opor-se a tudo o que saísse das normas. Ele bem nos ameaçou com a inspecção. Disse-nos ir passar a pente fino toda a nossa actuação naquela área.

Prosseguimos a nossa actuação e a nossa iniciativa foi um êxito que nos encheu de orgulho. Até que fomos deslocados para a Atouguia onde os problemas prementes eram outros.

Cerca de 40 anos depois assistimos à institucionalização dessa nossa iniciativa. Estamos orgulhosos.

Quanto ao nosso demolidor opositor está desaparecido em combate.

Sem comentários: