segunda-feira, janeiro 07, 2019


E AS ESCOLAS SENHOR, AS ESCOLAS?

Fala-se de professores de tal forma que a palavra ficou em 2º lugar no ranking das palavras do ano.

Isto é muito parecido com o que se passa com o futebol. Aqui mal vão as coisas quando se fala do árbitro em vez de falar do jogo. Quando se fala do juiz sem se falar do verdadeiro artista, o aluno.

Sou dado a pensar que muito mal vão as coisas na Esducação quando assim se vive. De vez em quando lá se fala de uma ou outra escola, por bons ou más razões.

Ser Professor é ser socrático e ético. Como pois podereis vós dizer que não prejudicais os vossos alunos ao dar-lhes exemplos de intransigência e de falta de sentido pátrio?

Estas reflexões surgem-me após ter lido no jornal “Público” de 19 de Dezembro um artigo sobre a investigadora Margarida Gaspar de Matos que a certa altura diz: “Parece que a escola toda se centrou na questão da avaliação em vez de no gosto pela aprendizagem”. E é aqui que está o cerne da questão. Só a aprendizagem (e o gosto por ela) traz o sentido crítico e a capacidade de questionarmos. Mas estarão estes ditos professores que há mais de um ano se passeiam com cartazes na mão interessados em serem questionados. E quantos deles são efectivamente professores?

As escolas, essas passam indiferentes perante tudo isto. Queremos o acesso à saúde, à habitação, à educação, à segurança, a uma reforma digna. Queremos tudo. E nós o que damos em troca?

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