terça-feira, janeiro 15, 2019


É PORTUGAL UM PAÍS POPULISTA?
Eu diria entes que é um país de comodismos. De aderência imediata ao que for gratuito, fugaz, que não responsabilize, sem convicções firmes e sobretudo sem memória.
Quem viveu o período do Estado Novo e viu as adesões populares aos altos dignatários do Regime, para logo se tornarem em apupos 24 depois das mudanças políticas operadas, com gritos de “Viva a Liberdade” e “Abaixo o Fascismo”, percebe bem o que eu digo.
Ver um presidente da Câmara em procissão Triunfal com um vencedor do Big Brother, diz bem do povo que somos.
“Curtimos” as redes sociais porque elas não têm consequências. Vemos o CMTV porque nem sequer dá trabalho a ler. Não somos um país xenófobo, nem racista, nem fascista, nem “porrista” nenhuma. Somos comodistas e gostamos de maledicência qb. O que para se confirmar exigir trabalho e convicções profundas com um misto de sacrifício não é connosco. Meio século de obscurantismo seguido de 2 décadas de exigências mesquinhas, conduziram-nos ao lugar mental em que hoje nos envolvemos. Somos Gouchas, somos Cristinas, somos montenegros em busca do lugar perdido.
Morremos culturalmente. E se as notícias de pedofilia são motivo de interesse nas TVs e Correios da Manhã, cortamos os versos de Pessoa  para não ofender espíritos juvenis mal-preparados.
Um dia irá Haver Portugal.   

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