VITOR CONSTÂNCIO
Desde pequenito que me habituei a ter uma atitude quase reverencial em relação a algumas coisas. Para perceber isto é preciso não esquecer que nasci no século passado quando ainda decorria a II Guerra Mundial. Havia valores e pessoas que pelo cargo que desempenhavam estavam acima de toda e qualquer atitude mais radical ou atentatória da sua dignidade. Neste caso estava o cargo de Governador do Banco de Portugal. Também me habituei desde sempre a ver respeitado o saber de Vítor Constâncio a sua honestidade e verticalidade. Tudo isto junto era qualquer coisa que eu pensava acima de toda a polémica.
Mas até agora esse princípio parece ter sido quebrado. E existe uma “cambada” de trafulhas que se dizem de direita e/ou de esquerda (se é que esta separação faz sentido entre certa escumalha de políticos) qur agora até o Governador do Banco de Portugal pretendem atingir.
A vida é de facto um ciclo. Passei da luta para que todos pudessem votar para uma outra em que é a mim que já não apetece fazer uso do meu direito de voto.
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