E SE JULGARES QUE ESTÁS A SONHAR E AFINAL ESTÁS ACORDADO?
Foi assim que me senti hoje ao ver o título de 1ª Página do “Diário de Notícias”: “Professores reformados recusam proposta para voltar às escolas”.
Em primeiro lugar a mim do Ministério da Educação ninguém me consultou. Em segundo lugar não dei procuração nenhuma para quem quer que seja responder em meu nome perante uma qualquer proposta para voltar a trabalhar numa escola. A notícia portanto só poderia ser um pesadelo.
Comprei o jornal e fui ler.
Afinal parece que existe fumo e fogo. O ME tem uma proposta para apresentar ao Conselho de Escolas, a fim de viabilizar a colocação de professores reformados em regime de voluntariado em escolas visando objectivos muito bem explícitos:
- Formação de professores e pessoal não docente
- Estudo acompanhado de alunos com dificuldades de aprendizagem
- Acompanhamento do percurso escolar dos alunos
- Apoio a visitas de estudo
- Dinamização de clubes
- Relações Públicas da Escola na dinamização do conhecimento de actividades pedagógicas relevantes para o desempenho dos Docentes em exercício
Os reformados voluntários trabalharão nas escolas pelo menos 3 horas semanais, e apresentarão relatórios da actividade desenvolvida.
O ideólogo da proposta é o Secretário de Estado Valter Lemos, que se esqueceu só de uma regra e uma tarefa a desenvolver pelos reformados no mesmo espírito de missão.
A escolha dos candidatos deverá ocorrer após a apresentação pelos candidatos da sua vinculação a uma qualquer entidade de carácter religioso e que têm ainda como tarefa a de “limpar o rabinho” aos que no exercício da sua actividade escolar disso venham a necessitar.
Isto só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Eu afirmo aqui solenemente que acredito na honestidade do snr. primeiro ministro, pelo que não é necessário inventarem nada para me lixarem o juízo.
Se os empresários se lembram desta, para que é necessário arranjar empregos? Ponham os reformados a trabalhar gratuitamente.
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