EU SOU DO TEMPO…
…Em que os Conselhos Directivos eram constituídos por pessoas que não auferindo por isso vencimento, era a dedicação à causa das Escolas o que fundamentalmente os levava ao cargo. Recebiam de facto uma compensação monetária que era inferior àquela que receberiam se tivessem 2 horas extraordinárias.
…Em que durante anos não se podiam tirar 30 dias de férias. O melhor que se conseguia era 15 dias.
…Em que os escolhidos para Presidentes dos Conselhos Directivos eram aqueles que de entre pares e iguais melhor poderiam representar os seus colegas junto do Ministério da Educação.
…Em que muitas vezes era difícil conseguir quem estivesse disponível para abdicar da vida fácil de professor e trocá-la pela carga de trabalhos que era ser gestor de uma escola.
…Em que para se chegar ao cargo era necessário não ter nenhuma sanção no seu curriculum pelo exercício das suas funções de professor.
Tudo mudou. Agora parece que se tornou um luxo e apetitoso ser Presidente do Conselho Executivo. E o vencimento que se recebe pelo exercício do cargo, tornou-os reféns dos professores das escolas. Não me espanta o que vou ouvindo. Os professores são useiros e vezeiros em utilizar em seu favor, aqueles que deles dependem.
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