O POETA CHOROU…
Manuel Alegre vem dizer-nos o óbvio. Que as pessoas têm medo do poder instalado. Medo de criticarem o Poder, com receio de perderem privilégios. Ou os seus familiares serem preteridos. Ou os familiares dos familiares não se instalarem sobre o chapéu-de-chuva de quem está no topo.
O Poeta tem andado distraído. Isso não é de agora, nem é característica em exclusivo do PS. É característica do Poder. É assim que ele se perpetua. Ou que julga poder perpetuar-se. Aqui em Peniche assisti a isto e ao inverso. A ameaças ao Poder de que votariam contra ele (em sede de Assembleia Municipal) se não lhes dessem empregos, ou se não empregassem os familiares.
E o Poder quando é fraco cede. E depois age da mesma forma ou com maior violência e ganância.
Não sei por onde o Poeta andou todos estes anos que só há pouco tempo descobriu estas nojeiras que o arrepiam. Há pelo menos 34 anos que o povo português sabe que é assim. Por isso abstém-se e não vota. Por isso borrifa-se para aquilo que os políticos profissionais (tal e qual como o poeta) dizem.
Não merece a pena chorar. A gente já não acredita em lágrimas que surjam por este tipo de razões.
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