quinta-feira, janeiro 30, 2014

A VOZ DO POVO

Dizem ser a voz de Deus. Existem milhares de ditos populares que servem para abreviar conversas, insultar de forma elegante, terminar conversas que se estão a desenvolver para além do desejável, ofender de forma soft, fazer perceber segundas intenções.
Isto é, existem ditados e expressões populares para todas as ocasiões. Depois têm que ver com a realidade regional das pessoas que as utilizam. Certas expressões que tiveram por exemplo o seu despontar no Algarve, acabaram por se espalhar por todo o país por força das correntes migratórias que levam as pessoas a deslocarem-se um pouco por todo o lado.
É claro que existem curiosidades sobre a sua utilização. Por vezes a propósito e outras vezes nem tanto. Vem isto a propósito de 2 expressões populares que ouvi no espaço de poucos dias.

- “Tu que sabes e eu que sei…cala-te que eu me calarei”. Esta surgiu no decorrer de uma discussão entre 2 senhoras num supermercado, quando mutuamente se acusavam de coisas inconfessáveis. O que é certo é que a discussão terminou logo ali. Quase que apetecia colocar esta expressão em grande no Parlamento para quando os ditos representantes do povo se acusam das maiores poucas-vergonhas, terem tento na língua e se calarem.

- “Merda e cagalhão não vão à confissão”. Também esta expressão surgiu no decorrer de uma conversa entre duas pessoas. Uma delas sentiu-se melindrada por a outra utilizar o vernáculo vicentino “merda”. E criticou a pessoa que o utilizou. A pessoa criticada disparou a frase que arrumou ali o pretensiosismo. Eu quando o ouvi, desatei a rir que nem um maluco. Achei uma delícia. Refiro-me à expressão e não às substâncias propriamente.

 Anotei-as e aqui as deixo certo que ainda poderão vir a ser úteis a algum dos leitores.

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