O que me assusta e perturba nos congressos partidários são os grupos de pressão que para eles são preparados para imporem algumas das suas exigências. E entre esses grupos as “ditas” juventudes partidárias são as que mais temo. Pela sua impreparação. Pela sua conotação com o líder. Com as exigências que estabelece para poderem beneficiar do seu apoio.
E isto
serve rigorosamente para todas as “jotas”. Umas de forma mais evidente e outras
de forma mais camuflada (refiro-me aos jovenzinhos da dita esquerda
parlamentar).
Neste
último congresso do partido da direita “bétinha” o seu líder saiu-se com uma
ideia que não vi depois desenvolvida mas que não estranharei se for retomada. A
de que se deveria reduzir a escolaridade obrigatória para 9 anos. Alguns
jornais noticiaram e ficou-se por aí. Mas não será surpreendente se a ideia
ficou a germinar. Para que é que precisamos de jovens letrados no desemprego? O
que necessitamos é de indiferenciados que se submetam às necessidades do mercado
de trabalho mais duro e violento. Estar a formar jovens para os condenar ao
desemprego ou à emigração qualificada não parece ser uma atitude inteligente
para um país que não consegue satisfazer as suas necessidades mais básicas. É
importante estabelecer o fosso entre os que têm hipóteses de atingir um mercado
de trabalho qualificado e os outros.
Se
olharmos para o actual governo a começar pelo seu chefe temos uma visão clara
do perigo que representam os idiotas dessas “jotas”. Estão lá todos os seus
ex-lideres. Olhamos para o maior partido da oposição e lá estão eles outra vez.
Está o país entregue a esta gentinha de pensar pequenino, que se vão
infiltrando e subindo na hierarquia dos partidos à custa do que for preciso
para chegarem aos lugares mais apetecidos. E sabem que aconteça o que acontecer
os deuses estarão com eles. A seguir ao governo espera-os uma sinecura de uma
qualquer empresa com capitais públicos.
PS:
1.
A
diferença entre esta gentinha e os que aprendem que as capacidades de cada um é
que devem presidir às suas qualificações e ascensão, é a mesma que separa o
ex-ministro da economia Álvaro Santos Pereira de um qualquer outro envolvido
via sua firma de advogados e das suas ligações ao Governo Português para lugar
de ouro.
2.
E
que dizer da situação a que chegámos em que cada vez que se levanta o tapete da
porta de entrada do BPN sai de lá um ex-ministro ou secretário de estado dos governos
do sr. Silva para ser julgado por corrupção.
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