Penso
num amigo meu de sempre que me dizem estar hospitalizado. Penso numa grande
unidade industrial de Peniche que me dizem estar a atravessar momentos muito difíceis.
Penso numa reportagem da RTP à Feira de Turismo de Madrid onde mais uma vez
saltita nas ondas do surf o Presidente da Câmara da minha terra sorridente e no
melhor dos mundos.
Penso
na afirmação da Secretária de Estado da Ciência que diz haverem investigadores
a mais para o dinheiro existente. Mas que lamentavelmente esquece-se de afirmar
que existem deputados e assessores a mais para os recursos do país, o que torna
abjectas as suas palavras, tornando-a tão politicamente responsável como os
seus “chefes”.Penso que o tempo em que acreditei qua a democracia era um valor inestimável não sendo um tempo perdido foi um tempo em que fui pouco atento aos sinais que se desenhavam e em que relaxei no voto, quando tudo me dizia para ser um guardião de valores que a direita e o capital tudo faria para por em causa.
Penso
que é lastimável perceber que não existem soluções para o espectáculo
degradante que os políticos nos oferecem através de eleições.
Eu
sei o que me apetece escrever e dizer e fazer. Mas não posso. Correria o risco
de cair sobre a alçada da lei. Por isso vou alinhando as frustrações e
aguardando que D. João II se reerga do túmulo.
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