segunda-feira, janeiro 27, 2014

AQUI E AGORA

Aqui estou eu sentado neste extremo ocidental do continente europeu, a dedilhar ideias para o teclado do computador para vos poder descrever os os pensamentos que me assaltam.

Penso num amigo meu de sempre que me dizem estar hospitalizado. Penso numa grande unidade industrial de Peniche que me dizem estar a atravessar momentos muito difíceis. Penso numa reportagem da RTP à Feira de Turismo de Madrid onde mais uma vez saltita nas ondas do surf o Presidente da Câmara da minha terra sorridente e no melhor dos mundos.
Penso na afirmação da Secretária de Estado da Ciência que diz haverem investigadores a mais para o dinheiro existente. Mas que lamentavelmente esquece-se de afirmar que existem deputados e assessores a mais para os recursos do país, o que torna abjectas as suas palavras, tornando-a tão politicamente responsável como os seus “chefes”.
Penso que o tempo em que acreditei qua a democracia era um valor inestimável não sendo um tempo perdido foi um tempo em que fui pouco atento aos sinais que se desenhavam e em que relaxei no voto, quando tudo me dizia para ser um guardião de valores que a direita e o capital tudo faria para por em causa.

Penso que é lastimável perceber que não existem soluções para o espectáculo degradante que os políticos nos oferecem através de eleições.
Eu sei o que me apetece escrever e dizer e fazer. Mas não posso. Correria o risco de cair sobre a alçada da lei. Por isso vou alinhando as frustrações e aguardando que D. João II se reerga do túmulo.  

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