segunda-feira, outubro 27, 2014


AS PALMEIRAS DO NOSSO DESCONTENTAMENTO
Quem nasceu, cresceu e viveu, ou simplesmente visitou Peniche nos últimos 100 anos tem identificado a perenidade desta cidade com o porte e garbo das palmeiras dos nossos jardins públicos ao longo da muralha.
As palmeiras representam aquele “não-sei-quê” tão estranho nesta terra desflorestada, emprestando com o seu ar vetusto um exemplo de resistência à desertificação e à falta de cultura verde que por aqui campeia.
De há dois anos para cá uma praga surda e invisível começou a minar as nossas palmeiras. Bastará uma ter sido tocada, para a “merda” dos pombos que se instalaram naquela zona transportarem a maleita para todas as outras.
Visivelmente para os incautos terá sido no último ano que as consequências nefastas deste HIV das palmeiras foi possível ser observado.
No entanto julgo que o mais importante é responder a algumas questões e saber porque em tempo oportuno não foram aplicados os meios (se é que existem) necessários e suficientes para permitir controlar este vírus.

1.   Quanto gasta anualmente a CMP com o pessoal desde as chefias aos trabalhadores de campo, utilizados nos parques e jardins públicos?

2.   Quando foi detectada a praga nas palmeiras?

3.   Nesse momento (a data) o que foi feito junto dos organismos existentes no país para conter danos e impedir a sua proliferação?

4.   Sentem-se os responsáveis desde as chefias ao Presidente e autarcas em paz com a sua consciência porque em tempo oportuno e com os meios necessários acautelaram os superiores interesses do município nesta matéria?

5.   Por que razão não foram os meios de comunicação da CMP utilizados para darem a conhecer aos munícipes o que se estava a passar e as consequências do facto?

E mais não pergunto por agora.       

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