quinta-feira, outubro 09, 2014

OS PROSCRITOS
Ontem levei mais uma grande bofetada na cara. Recebi em casa a notícia de que o meu companheiro de tantos anos, Batista-Bastos, teria sido posto a andar do DN.
Nos últimos anos tenho perdido vários amigos que deixaram de ser comerciais e se tiveram que render ao poder económico. Relembro rapidamente o Pedro Rolo Duarte, o José Manuel dos Santos e estão a falhar-me alguns que a minha memória traiçoeira mos deixa escapar.
Não bastava a lei da vida que nos leva alguns dos que nos merecem parar na rua para os ler, ainda vão agora os vivos engrossarem a lista dos que já não nos acompanharão nos nossos jornais.

Restam alguns que me merecem uma apaixonada leitura. O Pacheco Pereira, o Ricardo Araújo Pereira, o Miguel Esteves Cardoso. Estes só vão restando porque ainda estão “na moda”. Mais dia, menos dia, levam com uns patins e também são postos a andar que é para não chatearem as pessoas e não as porem a pensar.
Todos eles, os que me vão desaparecendo e os que restam são amigos com quem gosto de discutir, com quem gosto de discordar, com quem me apetece conversar.

Isto a modos que se está a tornar uma monotonia. É a uniformidade e o facebook que contam. Eu que não aceito uma e que recuso liminarmente o outro, estou condenado a falar para as paredes.    

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