de José Cardoso Pires
Regresso
ao “Anjo Ancorado” por razões óbvias. Vasco Pulido Valente ao descrever como
conheceu JCP clarifica tudo. Encontraram-se na Revista “Almanaque” que foi
criada segundo Cardoso Pires para “ridicularizar os provincianismos culturais,
cosmopolitizados ou não, sacudir os bonzos contentes e demonstrar que a
austeridade é a capa do medo e da ausência de imaginação”.
O
mesmo VPV afirma que “O Anjo Ancorado” é o romance quase perfeito. E vale a
pena pensar o porquê da afirmação.
Este
romance, meteu o concelho de Peniche no mapa literário tal como anos mais tarde
Ruy Belo o fará também. Descreve S. Bernardino com maestria no decorrer dos
anos 50 e sobretudo as suas gentes e as idiossincrasias que os tornam casos
invulgares de verdade humana.
Infelizmente
nem agora que a obra de CP está a ser de novo publicada aproveitamos aqui na
parvónia para um grande roteiro pela obra do autor. Visionando “A Balada da
Praia dos Cães”, revisitando “O Delfim”, estudando este “Anjo Ancorado”.
Sem comentários:
Enviar um comentário